quinta-feira, 8 de setembro de 2011

É vicio..mas esse é o pior q já escrevi...O ASSALTO 4.. MEU DEUSSSSS...

_ Por que a pressa? A sua esposa ainda não voltou de Rondonópolis?
_ Ainda não. Mas tenho algo importante a resolver em casa.
_ Coisa para resolver é? Sei. – falou Carlos em tom de malícia.
_ Sabe então ajude-me a terminar logo o serviço. – falou Walderino indiferente.
_ Por mim você já poderia até ter ido, pois o único que falta terminar a tarefa é o Fábio e o fechamento dele não depende de sua assinatura. – falou Carlos apontando para o único funcionário que ainda estava na agência.
_ Carlos, como é mesmo isso aqui? – interrogou Fábio, o funcionário da conta corrente, vindo à mesa de Carlos.
_ Isso aí é só capear com o fechamento e estará pronto. – respondeu Carlos.
_ O Walderino está com pressa de ir embora é? – interrogou Fábio.
_ É, parece que tem um problema para resolver em casa.
_ Sei muito bem desse problema. Gosto muito dele, mas já disse que se não acabar logo com esse problema poderá se dar mal.
_ O que você está querendo dizer?
_ Nada. Deixe para lá.
_ Fábio, não se esqueça que me deve uma cerveja. – falou Carlos, a fim de alterar o rumo da conversa, pois o que esta estava tomando não lhe agradava.
_ Vamos tomar hoje, estou doido para encher a cara.
_ Hoje não posso, tenho de dar uma olhada nos manuais antes de sair e poderá ficar tarde demais.
_ Isso para variar um pouco! – falou Fábio, voltando à sua mesa.
Ao retornar para a sua mesa Fábio, finalizou suas tarefas, arrumou seus pertences e antes de sair convidou Waldeniro para acompanhá-lo até o local onde pretendia tomar algumas cervejas. Este último recusou o convite, alegando ter alguns problemas a resolver em sua casa para onde ia imediatamente após sair dali.
Às dezenove horas, todos os funcionários já haviam se retirado da agência, ficando apenas Carlos que alegava ter algumas tarefas para colocar em dia, pois durante o expediente normal isso não era possível por ficar o tempo todo envolvido com a orientação dos funcionários e solução de problemas que apareciam envolvendo clientes.
_ O senhor hoje não foi gentil comigo lá no banco. – falou Sandra, uma das funcionarias da agência bancária onde Waldeniro era chefe de serviços ao entrar na casa dele.
_ Mas moço! Como disse antes, se tratar você de forma diferente dos outros funcionários, poderão desconfiar e ai nossa tranqüilidade vai para o espaço. Você não deve esquecer também do que falei no sábado. – expôs Waldeniro os prováveis motivos do tratamento que dispensara a moça durante o dia de serviço.
_ Está bem!... Vou aceitar sua desculpa, mas só desta vez.
_ Sabe que não é desculpa. D. Sandra, que história é aquela de passar o dia todo se esfregando no Carlos?
_ O que; está me estranhando é? Sabe que não faria isso.
_ Tudo bem, isso até é bom, pois assim ninguém desconfia de nós. Agora vem cá e vamos deixar de conversa fiada. – falou Waldeniro puxando Sandra para junto de si.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ASSALTO.

O ASSALTO

O cenário desta história situa-se na cidade, hoje, com o nome de Primavera D’Leste, quando esta ainda era distrito da cidade de Poxoréo, no estado do Mato Grosso. Poxoréo na época era tida como a capital do diamante neste estado, mas a pequena população de Primavera, totalmente composta por pessoas vindas da região sul do Brasil, a maioria gaúchos, não aceitavam esta condição e tudo faziam para alterá-la. Tanto que, em apenas quatro anos passados desde que começaram a vir os primeiros moradores para a vila, como carinhosamente denominavam o lugar, o transformaram no segundo pólo produtor de soja do estado, com a meta de que no próximo ano a transformariam no primeiro. Assim a pequena vila estava crescendo a olhos vistos. O crescimento dava-se de forma espantosa e em consequência da soja que era plantada em seus produtivos campos o movimento monetário na praça era tal que chamava a atenção dos banqueiros. Assim a cada mês, era inaugurada uma nova agência bancária no distrito. Esta história é baseada exatamente em um fato que ocorreu em uma dessas agências bancárias, envolvendo seus funcionários no período de 24 de dezembro de 1984 a 31 de janeiro de 1985.
Dia 28 de janeiro de 1985, segunda-feira, dia de muito movimento nas agências bancárias daquele lugar. Às treze horas e quinze minutos, o gerente sai acompanhado do chefe de serviços para ir à cidade de Poxoréo buscar dinheiro junto a agência bancária representante da tesouraria regional, porque na praça de Primavera não havia numerários suficiente para satisfazer as necessidades dos clientes. Ao retornarem um dos clientes havia feito um depósito de valor significativo em espécie, assim suprido a agência em sua necessidade.
_ Não podíamos ficar com todo esse dinheiro em caixa. O que faremos agora? – falou o encarregado da tesouraria ao chefe de serviços após o fechamento dos caixas.
_ Pois é seu Carlos!... Foi o senhor quem pediu para irmos buscar, agora vire-se, cara. – falou o chefe se serviços mostrando-se indiferente à situação.
_ Bom, de qualquer forma, amanhã teríamos mesmo de buscar dinheiro, porque temos o pagamento dos funcionários da fazenda Olho D’Água para fazer. – falou o encarregado procurando justificar que a vinda daquele dinheiro para a agência não teria sido em vão.