quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ASSALTO.

O ASSALTO

O cenário desta história situa-se na cidade, hoje, com o nome de Primavera D’Leste, quando esta ainda era distrito da cidade de Poxoréo, no estado do Mato Grosso. Poxoréo na época era tida como a capital do diamante neste estado, mas a pequena população de Primavera, totalmente composta por pessoas vindas da região sul do Brasil, a maioria gaúchos, não aceitavam esta condição e tudo faziam para alterá-la. Tanto que, em apenas quatro anos passados desde que começaram a vir os primeiros moradores para a vila, como carinhosamente denominavam o lugar, o transformaram no segundo pólo produtor de soja do estado, com a meta de que no próximo ano a transformariam no primeiro. Assim a pequena vila estava crescendo a olhos vistos. O crescimento dava-se de forma espantosa e em consequência da soja que era plantada em seus produtivos campos o movimento monetário na praça era tal que chamava a atenção dos banqueiros. Assim a cada mês, era inaugurada uma nova agência bancária no distrito. Esta história é baseada exatamente em um fato que ocorreu em uma dessas agências bancárias, envolvendo seus funcionários no período de 24 de dezembro de 1984 a 31 de janeiro de 1985.
Dia 28 de janeiro de 1985, segunda-feira, dia de muito movimento nas agências bancárias daquele lugar. Às treze horas e quinze minutos, o gerente sai acompanhado do chefe de serviços para ir à cidade de Poxoréo buscar dinheiro junto a agência bancária representante da tesouraria regional, porque na praça de Primavera não havia numerários suficiente para satisfazer as necessidades dos clientes. Ao retornarem um dos clientes havia feito um depósito de valor significativo em espécie, assim suprido a agência em sua necessidade.
_ Não podíamos ficar com todo esse dinheiro em caixa. O que faremos agora? – falou o encarregado da tesouraria ao chefe de serviços após o fechamento dos caixas.
_ Pois é seu Carlos!... Foi o senhor quem pediu para irmos buscar, agora vire-se, cara. – falou o chefe se serviços mostrando-se indiferente à situação.
_ Bom, de qualquer forma, amanhã teríamos mesmo de buscar dinheiro, porque temos o pagamento dos funcionários da fazenda Olho D’Água para fazer. – falou o encarregado procurando justificar que a vinda daquele dinheiro para a agência não teria sido em vão.

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